20/10/2011 ás 10:07:00
Mato Grosso em números e muitos índios
 

Nesta tarde do dia 17, o secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Pedro Nadaf, falou aos integrantes do 8º Encontro de Líderes e Profissionais de SPC, em realização nos dias 16 a 19, em Poconé-MT.

 

Inicialmente Nadaf lembrou que, na verdade, o Estado de Mato Grosso passou por duas divisões político-geográficas. "E na segunda divisão, efetivamente acontecida na década de 80, Mato Grosso do Sul levou toda a parte ativa, ou seja produtora do antigo Estado. E Mato Grosso ficou com todo o passivo, as dívidas", esclareceu, completando que a industrialização começou há apenas uma década.

 

É atrelado a este processo de incremento industrial que o secretário explicou o crescimento do índice de exportações, de frangos a farelo de soja (que também é vendida sob forma de grão, óleo degomado, lecitina, proteína e glicerina), entre outros produtos, "que vão para 150 países", enumera. Para Nadaf este aporte da Indústria ganho em Mato Grosso é a única forma de justificar o avanço de 370% no índice de exportação do Estado, indo de cerca de US$ 1,7 bi (FOB) em 2002 para  mais de US$ 8,4 bi (FOB) em 2010. "Nossa maior exportação é para a China e a Espanha também é uma grande compradora dos nossos produtos. Nosso maior comprador de carne é o Irã, em segundo a Rússia e em terceiro a Venezuela", exemplificou, concluindo que é emocionante visitar a área industrial e "observar os frangos serem colocados em sacolas com vários idiomas". 

 

Em mais percentuais, Mato Grosso é o maior exportador do Centro Oeste, com 54% do total. Goiás vem em segundo com 26% e menos da metade do  FOB mato-grossense. "Distrito Federal fica com 1% e aquele Mato Grosso que ficou com todo o nosso ativo na época da divisão do Estado, o do Sul, está em terceiro lugar, com 19% das exportações, significando US$ 2,9 bi", ressalta Pedro, denotando o quanto Mato Grosso conseguiu dar um salto de superação maior do que o  percebido, já que agregou altos prejuízos na divisão e agora está em patamares superiores ao outro estado. "Na Balança Comercial tudo o que sobrou de positivo para o governo federal em 2010, um terço é de exportação de Mato Grosso, ou seja 36%, ficando 64% divididos entre os demais 26 estados", complementou.

 

Preservação - Apesar das críticas que recebemos, Mato Grosso é um dos estados mais produtivos com maior área preservada, é o que afirma o secretário. O demonstrativo Sicme aponta 36% de território sendo utilizado. "Temos 27 milhões de cabeças de gado de corte criadas em 25% da área, 7% para toda a produção agrícola, e 4% para as cidades, malha viária, etc", listou ele.

 

O meio ambiente também foi colocado através de seus biomas e ecossistemas, canais de Turismo para o Estado, que conta com o Vale do Araguaia, Cerrado, Amazônia e Pantanal, ressaltando-se que o Pantanal (norte) é mais rico e mais belo em termos de fauna e flora. No do Sul a pesca é mais viável.

 

Infraestrutura - Entre os números citados pelo palestrante estão os da malha viária. "Em 2003, o Estado tinha 2.500 km de estrada asfaltada. A partir do governo Maggi, asfaltou-se  mais 2.700 km, por meio de Parcerias Público-Privadas (PPP) ou obras regionais, e mais 2.300 pavimentadas, ou seja, cerca de 5 mil km de urbanização das vias. E neste atual governo, a meta é ter 100% de todas as cidades interligadas por pelo menos uma via de asfalto".

 

Em termos de logística, ele informou tanto sobre o Porto Seco, quanto sobre linhas aéreas, estas últimas parte de uma progressão que coloca Cuiabá como a capital de maior movimentação de vôos no Brasil. De 2002 a 2010, os embarques e desembarques passaram de quase 748 mil para aproximadamente 1.680 mil. "E chegaremos a 2 milhões de passageiros em 2014", prevê Nadaf, prospectando mais 6 linhas ligando várias cidades do interior do Estado com o Brasil e a capital, e os vôos que chegam a Sinop, Rondonopolis e Barra do Garças, entre outros municípios.

 

Nadaf lembrou que sempre que se faz investimentos, e implanta-se novas estruturas, toda a cadeia se beneficia. Um exemplo está na extensão do "Luz para Todos", colocou ele. "A cada ponto de luz instalado, é mais uma geladeira vendida, depois a televisão (e posteriormente a parabólica), o ventilador, a bateira e depois o liquidificador, fomentando todo o Comércio".

 

Investimentos - R$ 32 bi. Este é o total em cifrões já extratificados na planilha da Sicme em investimentos no Estado em até 5 anos. "R$ 500 milhões no Setor Minerário; R$ 3,8 bi em obras de transmissão energética (linhões a serem implantados até 2015); R$ 18 bi em obras de hidrelétricas e PCHs; R$ 1,5 bi em obras de infraestrutura do governo do Estado; R$ 1 bi de novas indústrias, entre elas a Votorantim; R$ 600 milhões em hotéis, bares, restaurantes e Comércio em geral", adiantou Pedro.

 

Especialmente destacável - Ao lado dos expressivos números de produção agrícola, crescente produção industrial, investimentos em infraestrutura e balança comercial favorável nacional tendo em conta também os resultados de Mato Grosso, Nadaf mostrou que "o Estado tem a maior reserva índigena do mundo: Xingu, com 54 etnias". (Assessoria de Imprensa CDL Cuiabá: Honéia Vaz).