Somente o catarinense Grupo Pereira, que entre suas bandeiras opera a rede Comper, anuncia para o primeiro semestre de 2012 a abertura de mais um hipermercado na Capital, um investimento que injetará pelo menos mais R$ 30 milhões. Como explica o vice-presidente de Marketing do Grupo, João Alberto Pereira, a loja Comper da Avenida Fernando Correa da Costa, será transformada em hipermercado. Outras quatro lojas, como completa o vice-presidente de Administração do Grupo, Inácio Pereira, para Cuiabá e Várzea Grande fazem parte dos planos para 2012 e podem agregar mais dois mil trabalhadores. Se os investimentos se confirmarem, o Grupo passará a ser o segundo maior em número de lojas no Estado. As atuais oito unidades – entre pontos de varejo, atacarejo e atacado, a bandeira Bate Forte, - passariam a 13 e assim, estaria apenas atrás da mato-grossense rede Modelo, que com novos projetos chegará a 16, em 2012.
A rede Modelo, depois de reformar a sua matriz, em Várzea Grande, obra que demandou R$ 3 milhões, inaugurou em setembro seu braço no segmento de “atacarejo” (atacado e varejo), com a unidade na Avenida Beira Rio, que consumiu cerca de R$ 7 milhões. O diretor-presidente da rede, Altevir Magalhães, estima que em dois anos, 2010 e 2011, tenha investido R$ 20 milhões. “Antes do final deste ano abriremos uma loja em Primavera do Leste e em 2012, o atacado Modelo, em Cáceres”. Como projeto para o próximo ano, Magalhães revela que uma nova loja poderá ser inaugurada em local ainda sob avaliação. “Pode ser no interior como na Capital. Estamos em processo de negociação de terrenos e após esta etapa e que poderemos bater o martelo”.
Outra rede local, o Supermercados Big Lar, também está em processo de ampliação, mas os detalhes não foram revelados. Uma área atrás da loja na Avenida Miguel Sutil foi comprada e a expectativa é de conclusão em 2012.
Nestes dez meses, seis unidades foram construídas e uma reforma/ampliação entregue (Veja quadro). Magalhães acredita que as expansões, mesmo que em ritmo menor a partir de 2012, serão mantidas. “A economia estadual justifica e sustenta este boom. Entre os supermercadistas o momento é de segmentação como, por exemplo, ofertar opções de compra no atacado e no varejo, assim como se aproximar mais dos clientes”. E para isso, “é preciso ocupar espaços, movimento que faz todos se mexerem. No entanto, o movimento impõe, muitas vezes, margens menores de lucros e investimentos com retorno somente no longo prazo. A visão não é de horizonte curto”.
Por: Diário de Cuiabá em 30/10/2011 11:36:01